domingo, 12 de setembro de 2010

Os primeiros habitantes da terra

Os primeiros habitantes da terra

A pré-história é o período anterior ao aparecimento da escrita, por volta do ano 4000 a.C..Seu estudo depende da análise de documentos não-escritos, como restos de armas, utensílios, pinturas, desenhos e ossos. O gênero HOMO apareceu entre 4 e 1 milhão de anos a .C.. Aceita-se três etapas na evolução do homem pré-histórico, entre os estudiosos. São elas:

I - PALEOLÍTICO (idade da pedra lascada)
a) Paleolítico inferior: 500.000 – 30.000 a.C.
b) Paleolítico superior: 30.000 – 8.000 a.C.

II - NEOLÍTICO (nova idade da pedra)
8.000 – 5.000 a.C.

III - IDADE DOS METAIS
5.000 – 4.000 a.C.

Esta divisão é evolucionista mas numerosos investigadores da história contestam tal visão. Afirmam que existe grande diversidade cultural entre os grupos humanos e que, diante de determinado problema, cada homem se organiza de um modo, o que resulta em culturas diferentes. Daí conclui-se que certos grupamentos humanos podem ter simplesmente acelerado um dos estágios ou ter saltado um deles.
A Origem do Homem

A precariedade de informações limita o conhecimento da origem do homem. As primeiras pesquisas datam do final do século XIX; e muitas descobertas de restos humanos ocorreram de modo casual, nem sempre realizadas por especialistas.
A descoberta de traços culturais comuns em grupos afastados indica que, provavelmente, apareceram vários deles em regiões diferentes.
De modo geral, dizemos que há um tronco comum do qual se originaram os grandes macacos (pongidae) e os homens (hominidae). Em determinado momento da evolução, os dois grupos se separaram e cada um apresentou sua evolução própria. Os pongidae apresentaram a forma do gorila, chimpanzé e orangotango; os hominidae ou hominídeos, a forma do atual homo sapiens.

Australopithecus Afarensis
Trata-se do mais antigo hominídeo que se conhece. Foi encontrado na África do Sul e os estudos revelaram que viveu entre 1 milhão e 600.000 a.C.. Apesar do crânio pequeno, possuía traços característicos dos hominídeos. Era bípede e postura mais ereta.

Homo HabilisO Homo Habilis e o Pithecanthropus Erectus

O homo habilis viveu há cerca de 2,5 milhões de anos e foi contemporâneo do australoptecus, mas com capacidade craniana ampliada. Esta incluiu carne em sua alimentação, o que provocou mudanças em sua arcada dentária.
Segue-se o terceiro tipo de hominídeo, o Pitecanthropus Erectus, que deve ter vivido entre 500.000 e 200.000 a.C.. O homo erectus, como hoje se denomina, possuía maxilares maciços e dentes grandes, cérebro maior que o tipo anterior e membros mais bem adaptados à postura ereta.
Alguns exemplos:
I - JAVANTROPO – (Homem de Java): 1,5 metros de altura e deve ter passado a maior parte da existência no chão.
II - SINANTROPO – (Homo Pekinenses): Descoberto na china. Junto do esqueleto havia grande quantidade de facas, raspadores e pontas, o que demonstra elevado estágio de desenvolvimento.
III - PALEANTROPO – (Homem de Heidelberg)

O Homo Neanderthalensis

Encontrado em Neanderthal, Alemanha. Houve descobertas semelhantes frança, Iugoslávia, Palestina e África do Sul. Deve ter existido entre 120.000 e 50.000 a.C.
Este hominídeo possuía capacidade craniana elevada e já vivia em cavernas e deixou inúmeros traços de sua existência.
O Cro-Magnon
Com o homem de Cro-Magnon atinge-se o Homo Sapiens. Chegamos a este estágio por volta de 40.000 a.C., possuía altura acentuada, membros retos e peito amplo, como também, a maior capacidade craniana encontrada até então, o que provou através da arte, da magia e da vida social.

Padrões Culturais da Pré-História

Podemos classificar os estágios culturais da humanidade em selvageria, barbárie e civilização.. A civilização seria posterior à escrita; as demais, características dos homens da pré-história.
Tal visão apresenta dois defeitos básicos, quais sejam:
I. pretende que a civilização em que vivemos seja o modelo, em função do qual se deva julgar todos os outros estágios da evolução;
II. pressupões que todos os povos da pré-história tivessem passado pelas mesmas etapas, o que Não corresponde aos documentos históricos encontrados.
Cada povo tem sua própria cultura e civilização, que devem ser compreendidas no seu momento histórico exato, do contrário, não estaríamos fazendo história, mas tentando demonstrar a superioridade da civilização ocidental.
O surgimento da agricultura se deu entre 8.000 e 5.000 a.C.(neolítico), quando o homem deixou sua vida nômade, sedentarizando-se às margens dos rios e lagos, cultivando trigo, cevada e aveia. Nesta época também domestica ovelhas e gado bovino, otimizando sua cadeia alimentar.. Aí também surgem os primeiros aglomerados urbanos, com finalidade principalmente defensiva. Nesta época também as viagens por terra e mar. Estamos falando da chamada comunidade primitiva, onde o solo pertencia a todos e a comunidade se baseava em laços de sangue, idioma e costumes.
A partir deste ponto, a evolução das comunidades processou-se em duas direções: no sentido da extensão da posse e da propriedade individual dos bens no sentido da transformação das antigas relações familiares.
Durante a idade dos metais (5.000 a 4.000 a.C.), o cobre passou a ser fundido pelo homem, seguindo-se o estanho, o que permitiu a obtenção do bronze, resultante da liga dos dois primeiros. Por volta de 3.000 a.C., produzia-se bronze no Egito e na Mesopotâmia, sendo esta técnica difundida para outros povos a partir daí.
A metalurgia do ferro é posterior e tem início por volta de 1.500 a.C., na Ásia Menor, tendo contribuído decisivamente para a supremacia dos povos que a dominavam e souberam aperfeiçoá-la.

A Origem do Homem Americano
Segundo alguns estudiosos, o continente americano começou a ser povoado há 30.000, 50.000 ou até 60.000 anos atrás. Dos povos mais antigos, os arqueólogos encontraram restos de carvão, objetos de pedra, desenhos e pinturas em cavernas e partes de esqueletos. Dos povos mais recentes encontramos grandes obras como: pirâmides, templos e cidades. Alguns, como os Astecas e os Mais, conheceram a escrita e deixaram documentos que continuam sendo estudados.
Hoje, os pesquisadores admitem que os primeiros habitantes americanos vieram da Ásia, devido à grande semelhança física entre índios e mongóis.
A teoria mais aceita é de que os primitivos vieram a pé, pelo estreito de Behring, na glaciação de 62.000 anos atrás. Outros afirmam que vieram pelas ilhas da Polinésia, em pequenos barcos, tendo desembarcado em diversos pontos e daí se espalhado.
Os vestígios mais antigos da presença do homem no continente foram encontrados em São Raimundo Nonato,PI, Brasil, com idade de 48.000 anos, permitindo a conclusão de que eram caçadores e usavam o fogo para cozinhar, atacar e defender-se dos inimigos, pelos utensílios encontrados
 
OS PRIMEIROS HABITANTES DA TERRA

        Dizíamos que uma camada de matéria gelatinosa envolvera o orbe terreno em seus mais íntimos contornos. Essa matéria, amorfa e viscosa, era o celeiro sagrado das sementes da vida.
        O protoplasma foi o embrião de todas as organizações do globo terrestre, e, se essa matéria, sem forma definida, cobria a crosta solidificada do planeta, em breve a condensação da massa dava origem ao surgimento do núcleo, iniciando-se as primeiras manifestações dos seres vivos.

Os primeiros habitantes da Terra, no plano material, são: 
  • as amebas 
  • e todas as organizações unicelulares, isoladas e livres, que se multiplicam prodigiosamente na temperatura tépida dos oceanos.
        Com o escoar incessante do tempo, esses seres primordiais se movem ao longo das águas, onde encontram o oxigênio necessário ao entretenimento da vida, elemento que a terra firme não possuía ainda em proporções de manter a existência animal, antes das grandes vegetações; esses seres rudimentares somente revelam um sentido - o do tato, que deu origem a todos os outros, em função de aperfeiçoamento dos organismos superiores.


O mapa destaca as regiões onde floresceram as primeiras civilizações, num período denominado Antigüidade Oriental.

O Egito localiza-se no nordeste da África, banhado ao norte pelo Mar Mediterrâneo, a leste pelo Mar Vermelho, a oeste pelo deserto da Líbia e ao sul pelo Sudão. Seu território é cotado no sentido sul-norte pelo Rio Nilo. O rio é responsável pela fertilidade das terras do vale, onde desenvolveu-se uma das primeiras civilizações, já que era responsável pela irrigação natural da terra, facilitando o trabalho agrícola das comunidades que passaram a produzir excedentes, possibilitando a organização do Estado e de uma sociedade mais complexa. Por volta de 3500 a.C. as populações que viviam às margens do Nilo deram origem a dois reinos: o Baixo Egito, na região do delta do rio, e o Alto Egito, no decurso do vale do Nilo Aproximadamente em 3200 a.C. Menés, que governava o Alto Egito, promoveu a unificação dos dois reinos ao invadir a região norte. A primeira dinastia, denominada Tinita, foi responsável por assegurar a unidade do país por cerca de 2000 anos.

Mesopotâmia é a denominação dada pelos gregos antigos à região compreendida entre os rios Eufrates e Tigre, que cortam um extenso vale e aproximam-se na região sul, onde desembocam no Golfo Pérsico.
Essa região é parte do "crescente fértil", área caracterizada pela possibilidade da prática agrícola, dada `a fertilidade da terra, produzida pelas cheias dos dois rios. Esse território é ladeado pelo deserto da arábia a oeste e pelo planalto do Irã a leste.

Um das característica geográficas que também influenciou o desenvolvimento da região é a distinção entre o norte e o sul.
Ao norte, região menos fértil e mais árida, onde predominam montanhas e planaltos, desenvolveram-se os povos babilônicos e assírio, que chegaram a dominar toda a região.
Ao sul encontramos áreas de planícies aluvionais, irrigadas pelas enchentes periódicas, onde desenvolveram-se as primeiras civilizações, chamadas sumerianas
As Primeiras Civilizações
Em primeiro lugar precisamos saber o que se entende por civilização. Como a civilização começou?
Vamos considerar algumas palavras como:
Civilização – civis = cidadão (latim)
Urbano – urbes = cidade (latim)
Político – polis = cidade (grego)
Então vamos definir que a civilização é a vida nas cidades.
Portanto vamos estudar as primeiras civilizações baseados nos povos que construíram e viveram em cidades, modificando o ambiente e criando pontes entre o próprio homem e a natureza.
Nos períodos Paleolítico e Neolítico certamente o homem construía seus abrigos, suas casas, mas ao que se sabe, nada de parecido com uma cidade.
As primeiras cidades tal como as conhecemos surgiram no Oriente e podemos dizer que a primeira delas foi Uruk, por volta de 4500 e 3750 a.C. na região chamada Mesopotâmia. Hoje essa cidade é Warka e fica no Iraque.
Portanto podemos chamar a primeira civilização conhecida de Suméria e localizá-la no sul da Mesopotâmia, atual Iraque.
Babilonia
Essa afirmação provêm de estudos e pesquisas que provam que a civilização suméria era composta por diversas cidades e possivelmente Uruk era a maior delas, mas todas eram bastante desenvolvidas.
As cidades eram muradas e possuíam ruas, casas, prédios públicos, templos e palácios. Temos então, o homem causando modificações no entorno natural, que podem ter sido intencionais ou não.
Assim como na Suméria, na Assíria, na Babilônia e no Egito que serão focalizados em outros módulos, esses povos viveram em cidades, das quais sobraram ruínas para contar sua história.
Uma cidade surpreendente e que talvez seja um exemplo único é Amarna, no Egito. Construída pelo faraó Akhenaton, que rompeu com a religião formal do seu país, a cidade ficou ocupada por menos de vinte anos, talvez. O grande interesse na cidade de Amarna é o fato de que não houve construções gigantescas em pedra, como nas outras cidades e também nada foi construído sobre o que existia.
Praticamente era tudo construído em tijolos de barro que não resistiram ao tempo, mas deixaram um testemunho da vida das pessoas comuns no Egito da época.
ruínas de Abu Mena, Egito
As fundações permitem um estudo das casas dos ricos e dos pobres, suas divisões ficaram preservadas de modo que se pode saber que o centro da cidade era dedicado ao complexo real. Templos, palácios, residências dos nobres e sacerdotes. Longe do centro, ficavam os subúrbios onde havia casas pobres e ricas e mais distante ainda ficavam os bairros dos trabalhadores.
Um dos subúrbios era habitado pelas pessoas que trabalhavam na necrópole, eram os pintores, os pedreiros, todos os que tinham funções relacionadas com a construção das tumbas. Suas casas eram pequenas mas tinham vários aposentos e eram separadas por ruelas estreitas.
Com o fim do reinado de Akhenaton, a cidade foi abandonada mas permanece como uma oportunidade única de estudo.